O homem desce o elevador, toma um barco e, finalmente, pisa as pedras frias do forte de São Marcelo. Tira os sapatos para sentir melhor o chão sob os pés. É sexta-feira. O sol desce no horizonte, banhando as águas da Baía de Todos os Santos, e os barcos, e todas as memórias salgadas da baía, com sua delicada e suave luz dourada. Como na bela canção de Jerônimo, toda a cidade irradia magia, e o homem, finalmente reintegrado à sua paisagem afetiva, sente, no fundo do seu coração, um vago receio de que tudo aquilo não passe de um sonho.