Gibran estava trabalhando neste livro quando a morte chegou.
Nos seus planos, o livro fazia parte de uma trilogia, assim concebida:
O Profeta: As relações do homem com o homem.
O Jardim do Profeta: As relações do homem com a natureza.
A Morte do Profeta: As relações do homem com Deus.
Deste último livro, Gibran deixou somente a idéia do epílogo.
E é de uma amargura profunda: Al-Mustafa volta à cidade de Orfalese, e lá apedrejam-no na praça pública.
No Jardim do Profeta, pelo contrário, a ternura abrange até os seres inanimados.
Tu e a pedra não sois senão um só. A única diferença está no ritmo das pulsações do coração. Teu coração bate um pouco mais rapidamente.
O Profeta termina com a partida de Al-Mustafa da cidade de Orfalese. O Jardim do Profeta abre-se com a chegada de Al-Mustafa à sua ilha natal, onde reencontra a casa que foi de seu pai e de sua mãe e aqueles que foram seus companheiros de infância. O diálogo com eles abrange mil assuntos da vida. Depois. Al-Mustafa despede-se e se vai... "E seus pés eram rápidos e silenciosos; e, num momento, como uma folha levada pelo vento, encontrava-se muito longe deles, e eles viram como uma luz pálida subindo para as alturas."
Um livro fresco e belo, cheio de conceitos profundos, de ternura e de nostalgia.