Dizem que sete é a conta do mentiroso. Qual o quê! A propósito, sete são as cores do arco-íris, cabalístico número do azar e da sorte - Morte e Vida Severina, presente poético nos dado em vida por João Cabral. Outro João, Guimarães, e Elomar (neto de um João), poetas fantasmáticos, decodificadores da realidade do Estado do Sertão.
Mentirosos não: apois existe uma diferença fundamental entre mentiroso e ficcionista! É que o primeiro não publicou seus causos...
Chegou às minhas mãos
O curioso destino de Rita Quebra-Cama, de Ricardo Ishmael, que talvez pelo atavismo e ancestralidade da origem campesina, nos presenteia com estes fascinantes causos, reconhecendo (antes da necessidade de resgatar) a maneira fácil e bela de narrar as tradições populares desta língua chamada, equivocadamente, de dialeto. Creio que se trata duma língua viva, que eu chamo de brasilerança.